Trabalhadores querem silêncio digital para aumentar a produtividade

Os trabalhadores remotos britânicos estão pedindo mais tempo de inatividade digital. Mais de um terço (36%) deseja “silêncio digital” agendado durante o expediente, já que emails constantes, notificações e a pressão para estar sempre online estariam prejudicando a produtividade, segundo estudo da Twilio.
O estudo, realizado em parceria com a YouGov, ouviu mais de 1.200 trabalhadores britânicos com mais de 18 anos, revelando a necessidade de equilíbrio no uso de ferramentas digitais, para que elas aumentem a produtividade em vez de causar distração.
Cerca de 47% dos funcionários afirmaram valorizar cada vez mais o tempo protegido para trabalhar sem interrupções, demonstrando um desejo claro por silêncios digitais obrigatórios.
Além disso, quase 44% dos trabalhadores disseram que estariam mais propensos a permanecer ou aceitar um emprego em empresas que oferecem silêncios digitais. O interesse atinge o pico entre pessoas de 36 a 40 anos, com 52%.
Twilio é uma empresa americana de comunicações em nuvem que oferece uma Plataforma de Engajamento do Cliente (CEP) e uma Plataforma de Comunicações como Serviço (CPaaS). Suas ferramentas permitem que os desenvolvedores adicionem recursos como SMS, voz, vídeo, e-mail e autenticação às suas aplicações por meio de APIs.
A pressão da conectividade constante
Apesar de ferramentas como apps de mensagens e videochamadas melhorarem a colaboração, o estudo mostra que elas mudaram a forma como os colaboradores se comunicam e trabalham.
Quase dois em cada cinco trabalhadores (38%) afirmaram sentir-se pressionados a ficar online e a responder a emails e mensagens instantaneamente durante o expediente.
Essa pressão é mais comum entre os profissionais em início de carreira (47% dos entre 26 e 30 anos) e também entre os de meia carreira, com 46% dos entre 41 e 45 anos relatando o mesmo.
As notificações também interrompem a concentração: 40% afirmaram que alertas de email e chat atrapalham a execução das tarefas, com destaque para os entre 51 e 55 anos (50%).
Momentos preferidos para desconectar
O estudo apontou diferenças nos dias sugeridos para o chamado “silêncio digital”, relacionadas a fase da carreira, responsabilidades familiares e compromissos pessoais.
Para 44% dos trabalhadores, a sexta-feira foi o dia preferido para pausas digitais, permitindo finalizar tarefas antes do fim de semana.
O sábado e o domingo também foram citados por 38% e 42% dos entrevistados, respectivamente, como momentos ideais para bloquear o excesso de notificações durante o tempo pessoal.
Já 29% escolheram a segunda-feira, demonstrando o desejo de começar a semana com foco.
Houve diferenças geracionais: apenas 21% dos entre 18 e 25 anos relataram necessidade de pausas digitais, enquanto esse número chegou a 44% entre os entre 46 e 50 anos.
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