Aumento no salário mínimo de Chicago entra em vigor em julho

Foto por Sawyer Bengtson no Unsplash

O salário mínimo de Chicago será ajustado em julho como parte de importantes atualizações nas leis trabalhistas, conforme noticiado pela ABC News em 4 de junho de 2025.

 

O aumento coincide com novas regras de cumprimento da ordenança municipal sobre licença remunerada e licença médica.

 

Essas mudanças têm como objetivo fortalecer a proteção aos trabalhadores em todos os setores, reforçar práticas de remuneração justa e alinhar as políticas laborais de Chicago com a inflação e as exigências da economia atual. Empresas da cidade também enfrentarão novas obrigações relacionadas a escalas de trabalho e ao controle de férias.

 

Mudanças no salário mínimo de Chicago

 

O prefeito Brandon Johnson e o Departamento de Assuntos Empresariais e Proteção ao Consumidor (BACP) dos EUA confirmaram que, a partir de 1º de julho de 2025, o salário mínimo de Chicago será elevado para US$ 16,60 por hora. Para programas de emprego subsidiado para jovens e empregos de transição, o valor será de US$ 16,50 por hora.

 

Segundo a Portaria de Salário Mínimo de Chicago, haverá um aumento anual com base no menor valor entre 2,5% e a variação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI). Esse índice acompanha o custo de vida e ajuda a garantir que os salários acompanhem a inflação sem comprometer a estabilidade dos negócios.

 

Além disso, trabalhadores que recebem gorjeta, como garçons e baristas, que atualmente ganham US$ 12,62 por hora, terão um aumento anual de 8% até que o valor atinja o salário mínimo padrão em 1º de julho de 2028.

 

Outras mudanças previstas

 

Com a nova lei de Licença Remunerada e Licença Médica e de Segurança, os funcionários passam a ter direito a dez dias de licença remunerada por ano – sendo cinco dias de licença geral, que podem ser usados por qualquer motivo, e cinco dias de licença médica.

 

Ambos os tipos de licença serão acumulados na proporção de uma hora para cada 35 horas trabalhadas, com um limite de 40 horas em um período de 12 meses. A licença médica estará disponível após 30 dias de emprego, enquanto que a licença geral deve estar disponível após o 90º dia de trabalho.

 

Funcionários poderão acumular licenças não utilizadas para o ano seguinte: até 16 horas de licença geral e até 80 horas de licença médica.

 

É importante ressaltar que os empregadores não podem exigir justificativas para o uso da licença geral, permitindo que os trabalhadores tirem folga sem necessidade de explicar o motivo.

 

A Ordenança da Jornada Justa de Trabalho também será atualizada com novas métricas de compensação. A política aplica-se a funcionários do setor da saúde, hotelaria, serviços prediais, varejo, restaurantes, manufatura ou armazéns, que ganham menos de US$ 32,60 por hora ou US$ 62.561,90 por ano.

 

Além disso, o empregador deve ter pelo menos 100 funcionários no total ou, no caso de restaurantes, operar com 250 empregados em 30 ou mais locais.

 

Empregadores enquadrados na Ordenança da Jornada Justa de Trabalho deverão informar os funcionários sobre suas escalas com antecedência e pagar compensações financeiras em caso de alterações de última hora.

 

Qual é o impacto para empregadores e trabalhadores?

 

O aumento salarial, parte da agenda pró-trabalhador do prefeito Johnson, reforça a posição de Chicago como referência em direitos trabalhistas urbanos. Trabalhadores de diversos setores serão beneficiados com salários mais altos e proteções mais sólidas para as licenças remuneradas.

 

“Os trabalhadores de Chicago e suas famílias são a espinha dorsal de nossa cidade”, disse o prefeito Johnson. “Eles merecem ser pagos com justiça e valorizados.”

 

Para os empregadores, no entanto, essas mudanças significam novos requisitos legais e aumento de custos operacionais – especialmente num momento em que muitos ainda se recuperam da pandemia da COVID-19.

 

As empresas precisarão atualizar seus sistemas de folha de pagamento, treinar equipes de RH e informar os funcionários sobre seus novos direitos.

 

O não cumprimento dessas exigências pode resultar em denúncias e penalidades aplicadas pelo Escritório de Normas Trabalhistas (OLS), responsável pela fiscalização e cumprimento das leis em Chicago.

 

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