Horários de trabalho dos funcionários nos EUA revelam instabilidade

Foto por Eric Rothermel no Unsplash

Cerca de 62% dos funcionários nos EUA não possuem horários de trabalho de alta qualidade, enquanto 27% atuam sob condições classificadas como de baixa qualidade, segundo um estudo com mais de 18 mil trabalhadores norte-americanos conduzido pelo The American Job Quality Study.

 

A pesquisa também revelou que quase um em cada quatro trabalhadores enfrenta horários imprevisíveis, uma proporção semelhante relata instabilidade na carga horária, e 41% afirmam ter pouco ou nenhum controle sobre seu horário de trabalho.

 

O impacto dos horários de baixa qualidade foi mais acentuado em certos grupos. Trabalhadores em regime de meio período relataram essas condições com maior frequência (34%) do que funcionários em tempo integral (25%), embora tenham indicado ligeiramente mais casos de horários de alta qualidade.

 

O nível de escolaridade também se mostrou relacionado à qualidade da jornada, com 31% dos trabalhadores sem diploma universitário relatando horários de baixa qualidade, em comparação com 26% daqueles com curso técnico e 22% dos que possuem diploma de bacharel.

 

Impacto dos horários de trabalho de baixa qualidade nos funcionários

 

Funcionários com horários de baixa qualidade foram muito mais propensos a relatar conflitos entre vida profissional e pessoal, com 57% afirmando que o trabalho interfere nas responsabilidades pessoais – contra 39% entre os que possuem horários de melhor qualidade.

 

O bem-estar financeiro também esteve ligado à qualidade dos horários: 38% dos empregados com jornadas instáveis disseram estar enfrentando dificuldades financeiras ou “apenas se virando”, enquanto essa proporção caiu para 23% entre aqueles com horários de alta qualidade.

 

Para trabalhadores de baixa renda, até pequenas reduções nas horas – como uma diminuição de 40 para 38 por semana – foram descritas pelo estudo como geradoras de grande pressão financeira.

 

Impacto nas empresas americanas

 

Pesquisas têm relacionado horários imprevisíveis e instáveis a maiores taxas de rotatividade e absenteísmo, elevando os custos operacionais para os empregadores.

 

Por outro lado, empresas que adotaram práticas de horários de trabalho mais estáveis conseguiram reduzir custos trabalhistas e, em alguns casos, aumentar as vendas – especialmente no setor de varejo.

 

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