Hackers roubam dados através do banco de dados de terceiros da Workday

Hackers roubam dados da Workday ao comprometer uma base de dados de relacionamento com clientes de terceiros, ligada à plataforma de recrutamento e candidatura a empregos, conforme noticiado pelo TechCrunch em agosto de 2025.
Os hackers acessaram e roubaram uma quantidade não revelada de informações pessoais da base de dados comprometida, que, segundo a Workday, era usada principalmente para armazenar dados de contato como nomes, endereços de e-mail e números de telefone.
A Workday informou que a violação não comprometeu o acesso aos ambientes dos clientes nem aos dados neles armazenados, que são utilizados por empresas para gerir arquivos de RH e registros de funcionários.
Embora o alcance da violação ainda não seja claro, a empresa observou que as informações expostas podem facilitar táticas de engenharia social, nas quais os hackers tentam enganar indivíduos para obter dados confidenciais.
Qual o impacto do roubo de dados?
A Workday atende mais de 11.000 clientes corporativos e mais de 70 milhões de usuários em todo o mundo, o que destaca o alcance potencial da violação.
A empresa não divulgou quantas pessoas foram afetadas ou quais dados foram comprometidos, nem confirmou se possui recursos técnicos (como logs e registros) para determinar o que foi acessado.
Workday acusada de falta de transparência
Embora a Workday tenha anunciado a violação de dados, fontes de reportagem observaram que o post publicado no blog da empresa incluía a tag “noindex” no código-fonte, instruindo os motores de busca a não exibir a página nos resultados de pesquisa – o que dificulta o acesso público à informação.
A empresa não explicou o motivo de ter ocultado esse comunicado dos mecanismos de busca.
Conexão com recentes ataques ligados à Salesforce
A Workday não identificou qual foi o fornecedor da base de dados comprometida, mas a divulgação ocorre após uma série de ataques cibernéticos a sistemas hospedados pela Salesforce e usados por grandes empresas como Google, Cisco, Qantas e Pandora.
Esses incidentes foram atribuídos ao grupo hacker ShinyHunters pelo Google – um grupo cibercriminoso conhecido por empregar phishing por voz para obter acesso a sistemas em nuvem através do engano de funcionários.
O Google também sugeriu que o ShinyHunters estaria a preparar um site de vazamento de dados, com o objetivo de extorquir vítimas para pagamento em troca da exclusão das informações roubadas – uma prática semelhante à usada por grupos de ransomware.
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